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Ficar sem sexo pode não ser tão ruim assim

29/04/2010

Por Graziella Severi

O que? Como assim? Você deve estar se perguntando, caro leitor. Nós que até então temos apresentado temas que contribuem para uma melhora na resposta sexual, dicas para apimentar sua relação, e agora lançamos um título um tanto quanto “broxante” deste? Que decepção, ai de pensar você, leitor. Mas, calma! O Pura Volúpia por ser bem democrático as mais diversas opiniões a respeito do tema central sexo, achou por bem dar espaço àqueles que vivem bem sem praticá-lo. E o mais interessante é que as pessoas que são felizes sem sexo são muitas vezes símbolos sexuais, pessoas bem sucedidas, fugindo completamente de qualquer estereótipo de pessoa que não transa (nada atraente; que não sabe “xavecar”).

Luiza Brunet, um símbolo sexual dos anos 80, e que muito seguramente permanece até hoje como tal, declarou recentemente que está há dois anos sem ter relações sexuais, e que não há nenhum problema em relação a isso. “Há um pouco de mito sobre esse papo de ter de fazer sexo sempre e quem muito fala, pouco faz. Quando a pessoa faz muita propaganda, quer fugir do preconceito, pois a mulher não pode assumir que não transa e leva uma vida tranquila assim”, declarou ao Portal Terra.

Além dela, outra mulher de forte apelo sexual que já participou de filmes pornôs inclusive, Rita Cadillac revelou também que já faz um bom tempo que está sem sexo, e nem por isso está menos feliz. “Estou há um ano numa boa sem transar. Está bom ficar sozinha. Sou igual à Coca-Cola, faço só a maior pressão”, ironizou a Lady do Povo.

Não são somente as “titias” que estão desapegadas e felizes sem sexo. Agora, em âmbitos internacionais, a atualíssima cantora norte-americana Lady Gaga, 24, também vai na mesma linha de pensamento das nossas musas brasileiras, e acrescenta dizendo ser contra o sexo casual “Você não precisa fazer sexo para se sentir bem… Estou solteira agora e escolhi ficar sozinha. Não fazer sexo não é um problema”.

Agora eu fico me questionando a repercussão que tem declarações como estas, sendo que é bem comum a associação da prática freqüente do sexo à saúde e ao bem estar, além disso inúmeras pesquisas sobre benefícios do sexo são feitas por instituições respeitadas e divulgadas com bastante freqüência, o que não deixe de ser verdade é claro, e é ótimo poder saber disso, não é mesmo? Mas o que entra em questão é o respeito às individualidades, e também a escolha que cada um realiza e determina em relação à sua vida sexual que deve se dar de maneira espontânea para ser saudável, isso com ou sem sexo.

Ë muito comum encontrar por aí pessoas que querem esbanjar experiência sexual, que já fez isso, gosta menos disso e mais daquilo, entretanto, a sexóloga Carla Cecarello desmente tais posicionamentos, “O discurso dos brasileiros é liberal, mas o comportamento ainda é considerado bem conservador”, afirma. Por isso, sempre duvide daquela “figurinha” da turma que conta altas peripécias sobre suas aventuras sexuais.

A sexóloga ainda nos esclarece que a falta de interesse por sexo não é patologia, a não ser que seja algo fixo na vida da pessoa, desta forma alguma de suas denominações seria a frigidez, que é o desinteresse por sexo de forma mais extrema e pode acontecer basicamente por fatores orgânicos, emocionais ou cultural-sociais. “É perfeitamente possível viver sem atividade sexual por um longo período. Essas mulheres canalizam sua libido para outros setores da vida e, no momento oportuno, o desejo volta”, ressalta.

Outro ponto de vista em relação a esse desinteresse momentâneo por sexo é apresentado pela sexóloga e colunista de O DIA Regina Navarro Lins, “Sexo funciona como a bateria de um carro. Quanto mais ativa é sua vida sexual, mais você quer. Quanto menos faz, menos vai querer”. Além disso, ela defende a prática sexual regular como benefício à nossa saúde. “As pesquisas científicas sobre o tema apontam que uma vida sexual ativa faz bem à saúde física e mental. As pessoas fazem muito menos sexo do que gostariam e com menos qualidade do que poderiam”, avalia.

E você caro leitor, acredita que podemos ser felizes sem sexo? Comentem!

Conte-nos sobre suas dúvidas e sugestões pelo e-mail blogpuravolupia@gmail.com e siga o @pura_volupia no Twitter!

3 comentários

  1. Não pratico mais sexo casual também! Hoje vejo isso como um meio da indústria tornar as relações interpessoais em relações de consumo. Por isso o ataque continuo da mídia em dizer que a quantidade de sexo e parceiros atribui mais qualidade, virilidade, sucesso etc. às pessoas. Creio que possa existir o lance de transar na primeira noite, de nunca se repetir, mas acradito tb que esse momento possa ser mais profundo, que não necessaria mente seja raso e casual. Em minutos de relação pode havar cumplicidade, companheirismo e até amor. Isso porque amor pode ser de pele também! Ótimo post!


  2. Eu tenho certeza que podemos ser felizes sem sexo sim.
    Basta observar: a maioria das pessoas transam, no entanto não são felizes, estão sempre doentes, reclamando de tudo, nervosas no trabalho, no trânsito, então onde está a eficácia do sexo?
    Ou então, fazem sexo muito mal feito, só pra dizer que fazem, e isso não resolve, então na falta de algo muito bom, bons parceiros, bons companheiros, é melhor ficar sem, cuidar do profissional, ler, passear, praticar algum esporte, ter uma boa alimentação, e assim podemos ter uma vida saudável e feliz.


  3. Gra, muito boa a matéria! As vezes muita gente se sente mal por “estar na seca”, mas essa fase é natural na vida de algumas pessoas, como vimos até os grandes símbolos sexuais ficam sem sexo por algum tempo (vi uma coluninha na revista Veja que falava do caso Lady gaga rs). O importante é mesmo ter uma selação saudável e com qualidade.
    Beijo a todas vcs!
    =*



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